toco-te. levemente, furtivamente. sshh, ninguém viu, ninguém sabe.
desapareces e só eu noto. espero-te e ninguém sabe, ninguém viu.
uma confusão de lábios, mãos e a tua língua na minha. quero-te mais.
tenho sede de ti. só de ti. os outros, as outras não me saciam.
os lábios, as línguas, a confusão são pura loucura. mas não és tu.
o telefone toca. uma conversa murmurada e estás no meu pensamento outra vez.
toco-te. lá, no fundo da minha mente, onde ninguém sabe, ninguém vê.
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
os planetas não colidiram
“não estou apaixonado por ti”.
as lágrimas inundam-lhe os olhos e não a deixam ver. ainda bem, porque ela não quer olhar para ele.
os seus olhos não lhe dizem nada e ela não consegue ler a sua expressão.
a porta bate, os passos meios rápidos, meios lentos a descerem a escada.
a frase repete-se, forma-se e dissipa-se, uma e outra vez, dentro da sua cabeça.
ela tenta respirar e o ar custa a entrar.
chora porque não sabe mais o que fazer.
chora porque sabe que não foi suficiente.
sai, é a vez dela descer as escadas, mas não sabe como o fez. se foi depressa, se foi devagar.
ri-se, porque se lembra melhor dos passos dele do que dos dela.
acende um cigarro. “devia deixar de fumar”. as forças faltam-lhe, como sempre.
o regresso a casa faz-se automaticamente, até porque o caminho é mais do que familiar.
sorri quando passa pela linha do comboio. mas as lágrimas regressam logo a seguir, porque as memórias deixaram de ser boas. e ela não sabe ainda em que gaveta as arrumar.
a noite é lenta e sádica. ela vira e revira a almofada. é difícil dormir em cima das próprias lágrimas.
o cansaço vence-a, finalmente."
as lágrimas inundam-lhe os olhos e não a deixam ver. ainda bem, porque ela não quer olhar para ele.
os seus olhos não lhe dizem nada e ela não consegue ler a sua expressão.
a porta bate, os passos meios rápidos, meios lentos a descerem a escada.
a frase repete-se, forma-se e dissipa-se, uma e outra vez, dentro da sua cabeça.
ela tenta respirar e o ar custa a entrar.
chora porque não sabe mais o que fazer.
chora porque sabe que não foi suficiente.
sai, é a vez dela descer as escadas, mas não sabe como o fez. se foi depressa, se foi devagar.
ri-se, porque se lembra melhor dos passos dele do que dos dela.
acende um cigarro. “devia deixar de fumar”. as forças faltam-lhe, como sempre.
o regresso a casa faz-se automaticamente, até porque o caminho é mais do que familiar.
sorri quando passa pela linha do comboio. mas as lágrimas regressam logo a seguir, porque as memórias deixaram de ser boas. e ela não sabe ainda em que gaveta as arrumar.
a noite é lenta e sádica. ela vira e revira a almofada. é difícil dormir em cima das próprias lágrimas.
o cansaço vence-a, finalmente."
sexta-feira, 16 de julho de 2010
anúncio público #26
De pirosamente apaixonada a pirosamente chorona.
Amanhã fico bem. Ou depois. A vida dá voltas e mais voltas, e eu já começo a ficar imune às tonturas.
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